Ciência em Diálogo – Ciência e Sociedade

A Biblioteca da Faculdade de Ciências e Tecnologia – Universidade NOVA de Lisboa (Campus da Caparica) realiza no próximo dia 2 de Novembro, 17h às 19h, a 2ª sessão Ciência e Sociedade no âmbito da iniciativa Ciência em Diálogo.

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“Este é pois um momento propício para fazer uma reflexão sobre o modo como a ciência se vê a si própria, como deverá gerir o seu relacionamento com a sociedade no sentido de ir ao encontro das suas naturais expectativas e como poderá contribuir para garantir o bem-estar e a sobrevivência da humanidade, bem como evitar a perda do legado cultural e científico que levámos séculos a construir. Estas e outras questões estarão em diálogo, que se pretende franco e aberto, entre pessoas que praticam, estudam ou reflectem sobre ciência e outras formas de conhecimento. (Álvaro Fonseca)”

Para mais informações consulte o blog da Biblioteca.

Insecto assassino apanha aranha aranha na sua própria teia

Os insectos assassinos são muito astutos e perseguem pacientemente os seus jantares. Os seus principais alvos são os pulgões e as lagartas. Estes insectos matam as suas presas e sorvem o seu interior. Mas quando eles procuram outro tipo de presa, como uma aranha , enfrentam outro desafio. Caçar uma criatura de 8 patas na sua própria teia é um feito impressionante porque estas usam a suas teias como uma extensão do seu sistema sensorial.

Um estudo recente publicado no jornal Royal Society Open Science, os cientistas descobriram como estes insectos conseguem manter-se fora do alcance do radar das aranhas. Estes insectos desengonçados prendem lentamente os fios da teia com as pontas das suas patas dianteiras e cuidadosamente puxam-nos até os quebrarem, como se pode ver no video seguinte. E posteriormente libertam cuidadosamente as pontas do fio de forma a minimizar qualquer vibração da teia que revelariam a sua presença.

Ao usar esta estratégia conseguem penetrar ao longo da teia sem serem detectados e proceder à captura da aranha. Para medir as vibrações causadas pelo insecto assassino de aranhas quando quebra a teia os cientistas usaram uma técnica denominada vibrometria de laser.

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Neste Halloween conheça os horríveis parasitas da Natureza

Estas criaturas celebram o “dia das bruxas” todos os dias. Se olharmos a Natureza mais de perto encontramos coisas são bizarras que até são difíceis de acreditar. Muitas delas parecem não seguir as leis da física, mas sim um guião saído de um filme de terror. Zombies, aberrações, ladrões de cadáveres são todos reais. A Natureza está cheia de monstros e em clima de Halloween vamos conhecer alguns dos mais horripilantes exemplares.

Apocalipse da formiga Zombie

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(Fonte: Penn State via Flickr)

Se as formigas pudessem falar elas possivelmente iriam dizer-nos como têm um medo aterrador do fungo Ophiocordyceps. Os pequenos esporos do fungo entram no corpo da formiga depois de lhe dissolverem a “pele” recorrendo ao uso de enzimas. Uma vez dentro do corpo, o fungo cresce, inchando a formiga como se se tratasse de uma salsicha. À medida que o faz, altera a química do cérebro da formiga, e obriga-a a escalar uma árvore. Nos seus últimos momentos de vida, o inseto inchado prende as suas mandibulas numa folha. Com a formiga zombie ancorada de forma segura na folha, o fungo pode sair do interior do corpo da formiga e contaminar os insetos desprotegidos que vivem na base da árvore. Isto leva-nos a pensar que se alguma vez um apocalipse zombie ocorrer o ataque terá que ser de cima para baixo.

A curiosidade matou o rato

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(Fonte: David Merrigan via Flickr)

 

O protozoário Toxoplasma gondii pode infetar quase todos os mamíferos, incluindo os humanos. Mas só se consegue reproduzir sexuadamente no sistema digestivo dos gatos, sendo inofensivo para eles. Quando este entra no organismo de outros animais, através do contacto com fezes de gato contaminadas, replica-se assexuadamente. Este parasita incorpora-se nos seus órgãos, chegando mesmo até ao cérebro, e forma pequenos quistos. No entanto este pequeno invasor quer sempre voltar ao organismo de um gato. Em animais como os ratos e ratazanas o almoço e jantar dos gatos, respetivamente, o protozoário interfere com o funcionamento do cérebro do hospedeiro. Este altera-lhe o comportamento de tal forma que os ratos deixam de ter medo de felinos e até passam a ter alguma atração por estes. Isto, está claro, leva a um rato morto e a um Toxoplasma feliz novamente em casa.

Aranha Zombie

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(Fonte:Luciana Bueno dos Reis Fernandes via YouTube)

 

Num dia bom a aranha Plesiometa argyra, nativa da Costa Rica, ocupa o seu tempo a caçar insetos com a sua teia e a suga-los até ficarem secos quando se encontram inconscientes. Mas no pior dia da sua vida, é picada pela vespa Hymenoepimecis argyphaga. A atacante paralisa a desafortunada aranha com o seu veneno e cola-lhe um ovo no dorso. A larva quando eclode alimenta-se sem qualquer dificuldade da aranha que ainda se encontra viva, mas a história de terror ainda não acabou. A larva induz a aranha em erro, usando um composto químico, que faz com a aranha destrua a sua teia e que a reconstrua com uma estrutura deformada. A larva da vespa utiliza a teia deformada da aranha para construir o seu casulo ficando desta forma protegida dos perigos. Enquanto isso o esqueleto da aranha é abandonado a apodrecer.

O parasita castrador

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(Fonte: Auguste LeRoux via Wikimedia Commons)

Sacculina carcini é um parasita castrador: sim um castrador, que no seu estado de larva nada livremente no oceano. Quando este parasita encontra um crustáceo, como por exemplo um caranguejo, escava-lhe um buraco na zona de uma articulação e penetra no seu interior. Ele cresce retirando ao caranguejo a capacidade de se reproduzir, sendo por isso apelidado de castrador. Eventualmente, este sai do interior do caranguejo na forma de um saco amarelo, que se encontra pendurado exatamente no local onde normalmente se encontrariam os ovos do caranguejo. À medida que o impostor produz os seus ovos, o caranguejo enganado cuida e alimenta-os como faria com os seus próprios ovos, garantindo desta forma que o parasita se espalha a outros caranguejos.

Joaninha Zombie

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(Fonte: Jonathan Bliss via Fickr)

O espírito de Halloween está claramente presente quando temos uma joaninha adorável que é transformada em Zombie. O criminoso neste caso é uma vespa de olhos verdes conhecida como Dinocampus coccinellae. A vespa fêmea pousa na joaninha e injeta-lhe na barriga um ovo e um vírus. O ovo eclode dentro da hospedeira e as larvas começam a comer o interior desta. Atenção que estas larvas de vespa não matam a joaninha e quando estão suficientemente grandes saem do abdómen da joaninha e começam a tecer um casulo entre as patas da joaninha. O vírus que foi injetado pela vespa afeta-lhe o cérebro e faz com que a joaninha fique paralisada tendo assim a vespa um guarda-costas em modo zombie sobre o seu casulo. Eventualmente uma vespa adulta emerge do casulo pronta para enfrentar o dia-a-dia enquanto a joaninha é deixada para trás como uma concha vazia.

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Se o leite é branco porque será que a manteiga e amarela?

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A diferença entre a cor do leite e da manteiga deve-se ao maior conteúdo em gordura no caso da manteiga. As vacas que comem ervas e flores armazenam o pigmento amarelo (beta-caroteno) existente naturalmente nessas plantas na sua gordura. Como consequência o pigmento encontra-se também na gordura do seu leite. O leite consiste maioritariamente em água, possuindo apenas 3% de gordura no caso do leite gordo, as natas por sua vez têm entre 30 a 40% de gordura; já a manteiga tem pelo menos 80% de gordura.

A gordura encontra-se suspensa na água com uma configuração de pequenos glóbulos, fazendo desta forma que o pigmento beta-caroteno seja escondido, fazendo com que a luz seja refletida de tal forma que o leite apresente a cor branca.

Fazer manteiga é um processo que requer o uso de agitação e durante esse processo a membrana que rodeia os glóbulos de gordura quebra e os glóbulos agrupam-se. Ao quebrar essa membrana permite-se que o beta-caroteno se liberte a sua cor amarela seja visível.

A manteiga produzida usando o leite de ovelha, cabra ou búfalo é branca, isto deve-se ao facto de estes animais armazenarem o beta-caroteno das plantas de forma diferente das vacas. Estes convertem-no em vitamina A que não possui cor.

Por sua vez as vacas que são criadas no pasto dão origem a manteiga mais amarela, quando produzida com o leite recolhido no fim da Primavera ou no Verão, do que as vacas que se alimentam apenas de forragem. Durante o Inverno, quando as vacas apenas se alimentam de forragem, mesmo que tenham andado no pasto na estação anterior a manteiga produzida perde o tom de amarelo. Devido a este acontecimento muitas leitarias congelam manteiga para comercializarem apenas manteiga “tingida” com tom de amarelo durante todo o ano.

Algumas empresas que comercializam leite, proveniente de vacas que não comem ervas e flores, e os seus derivados adicionam geralmente urucum, também por vezes é adicionado aos queijos para lhes dar um tom laranja-amarelo, que são sementes de uma árvore nativa da América Central e do Sul que cresce em regiões tropicais. Esta estratégia é usada porque ver cor amarela numa manteiga pode afetar a forma como o nosso cérebro perceciona o sabor.

Fonte: The New York Times

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CSI – CIÊNCIA SOB INVESTIGAÇÃO

O Oceanário em Lisboa acolhe mais do que um grande número de peixes. Ele desafia os pequenos investigadores oceânicos a desvendar um mistério. Promete um dia de aventuras, onde vão descobrir os segredos dos oceanos e dos seres que os habitam.

Sugerimos que vá este fim de semana por à prova as capacidades de investigação do seu pequeno Cientista.

As investigações estão destinadas a crianças dos 8 aos 14 anos e o horário de funcionamento é das 10h às 17h. Esta actividade tem um custo de 40€/participante e requer inscrição prévia.

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Descansa em paz Schiaparelli

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(Fonte: NASA/JPL-Caltech/MSSS)

 

Pobre Schiaparelli, a sua vida foi tão curta. As imagens recolhidas pela NASA mostram mostram uma superfície brilhante do reflexo do pára-quedas, e 1 km ao norte dele, uma mancha escura no chão, onde antes não havia nada. Em um comunicado, a Agência Espacial Europeia (ESA) disse que este ponto pode ser a pequena cratera de impacto da sonda que viajava a mais de 300 quilómetros por hora. A sonda terá caído à altura entre 2 e 4 km devido aos  seus propulsores se terem desligado demasiado cedo.

“Também é possível que a sonda tenha explodido com o impacto”, foram as palavras da Agência Espacial Europeia em comunicado.

Enquanto isso, a ESA relata que o  Gas Orbiter, a principal razão científica para a missão ExoMars 2016 está em boa saúde, e  se encontra programado para começar lentamente a diminuir a altitude da sua órbita de forma a que este possa começar a monitorizar os gases que poderão possivelmente ser sinal de existência de vida em Marte.

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Foi inventado neste dia

Foi no dia de hoje 27 de Outubro de 1859 que foi inventado o espectroscópio. O espectroscópio é um dispositivo que possui um prisma que separa a luz em vários comprimentos de onda.

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Gustav Robert Kirchhoff – Físico Alemã0 (fonte: http://www.britannica.com)

 

Gustav Kirchhoff utilizou-o inicialmente para estudar a “assinatura” espectral de vários elementos químicos. Este dispositivo permite a identificação de um novo elemento se for observado um novo espectro.
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Sabe como funcionam os códigos de barras?

Os códigos de barras fazem hoje parte da vida de todos nós. Uma simples ida ao supermercado ou mercearia mais próxima é suficiente para nos apercebermos que as prateleiras estão repletas de embalagens que exibem códigos de barras. Tornaram-se tão vulgares que normalmente nem damos por eles. Mas afinal, o que são, e para que servem, os rectângulos claros e escuros com números na base que constituem um código de barras?

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Código de barras de um pacote de leite

A função de um código de barras, ou código universal de produto, é a de ajudar as empresas a controlarem os stocks e os lotes dos produtos que vendem. Eles são uma forma simples e compacta de guardar a informação referente à descrição do produto e à empresa que o produziu. Esta informação é depois introduzida num computador utilizando um leitor de códigos de barras para, por exemplo, fazer parte da factura das compras numa caixa registadora.

A informação é guardada num código de barras através de uma sequência de barras brancas e pretas com 13 algarismos que aparecem por baixo das barras, num código designado por EAN-13, utilizado em todo o mundo com a excepção do Canadá e dos Estados Unidos.

A vantagem dos códigos de barras é que permitem a introdução muito rápida e automática da informação num computador. Para isso só é necessário utilizar um leitor óptico que “lê” as barras e envia a informação para o computador. Para interpretar o código de barras, o leitor possui um laser que incide nos rectângulos pretos e brancos. Ao incidir num rectângulo branco, o laser reflecte na superfície da embalagem e é detectado pelo leitor, originando um sinal que corresponde ao valor 1. Se, pelo contrário, o laser incidir num rectângulo preto não é reflectido de volta para o leitor, correspondendo ao valor 0. Assim, o código de barras é uma forma eficaz e rápida de introduzir “uns” e “zeros” num computador.

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As barras pretas e brancas são assim a representação dos algarismos da base em código binário.

O significado dos números que aparecem num código de barras é o seguinte: os três primeiros algarismos são referentes ao país de origem do código; caso esse país seja Portugal o código de barras começa com os algarismos 560. No entanto, para produtos cujo código de barras comece com 560 isso não significa necessariamente que esses produtos são de origem Portuguesa. Um produto importado por uma empresa Portuguesa pode ter o código 560 se esse produto for vendido com uma marca própria. Para além disso, os produtos vendidos por empresas não-Portuguesas mas que tenham um registo comercial Português também são vendidos com o código 560. Mais informações sobre a origem dos produtos vendidos sob o código 560 podem ser obtidas aqui.

Os cinco algarismos seguintes contêm a informação da empresa que produziu o produto em causa, cada empresa tem o seu próprio código. Os quatro algarismos que se seguem são atribuídos pela empresa produtora e referem-se à descrição do produto (de que produto se trata e qual o lote). O último algarismo é um algarismo de verificação que serve para o computador verificar se a informação lida está correcta. Utilizando o código de barras representado na figura abaixo como exemplo, a forma como o computador calcula o valor do algarismo de controlo é a seguinte:

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  1. Soma os algarismos que se encontram nas posições ímpares (5+0+0+8+0+4 = 17);
  2. Soma os algarismos que se encontram nas posições pares (6+1+1+0+3+0 = 11) e multiplica-os por três (3 x 11 = 33);
  3. Soma os dois resultados obtidos nos passos 1 e 2 (17+33 = 50);
  4. O algarismo de controlo é o valor que tem que ser somado ao resultado obtido em 3 por forma a que este seja múltiplo de 10. Neste caso o algarismo de controlo é 0, pois 50 já é múltiplo de 10. Se, por exemplo, a soma anterior tivesse o valor 49, o algarismo de controlo seria 1.

Caso o algarismo de controlo calculado pelo computador não seja o mesmo que está no código de barras da embalagem significa que existiu um erro de leitura, e a introdução do código de barras não pode ser efectuada automaticamente sendo necessária a sua introdução manual. Esta é a razão pela qual a informação das barras se encontra repetida numericamente em baixo. Para além disso, se por alguma razão a zona da embalagem onde está impressa o código de barras se encontrar danificada de forma a que a leitura automática seja impossível, os números na base permitem a introdução manual da informação.

Uma evolução dos tradicionais códigos de barras são os conhecidos códigos QR, pois ao serem códigos bidimensionais permitem o armazenamento de uma maior quantidade de informação.

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Pequenos Cientistas – Será possível construir um sabre de luz?

Dia 23 de Outubro (15h30 e  17h15) –  Laser Lab no Pavilhão do Conhecimento em Lisboa

Será possível construir um sabre de luz?

E Como funcionam os lasers?

É verdade que Marte é vermelho por estar coberto de ferrugem?

Nesta atividade, um conjunto o Laboratório do Pavilhão do Conhecimento oferece aos mais pequenos um conjunto de experiências  que promovem, de forma divertida, a discussão em torno dos mitos e factos da exploração espacial e da ficção científica.

Para o espaço e mais além!

Esta actividade destina-se a crianças maiores de 6 anos e tem um custo de 4€ por participante. Poderá ser gratuita na compra do bilhete de acesso às exposições. Atenção que esta actividade requer inscrição on-line ou no próprio dia na bilheteira (as inscrições estão abertas 21 dias antes da actividade).

 

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PALESTRA – Dinossáurios terópodes do Jurássico Superior de Portugal

Não perca o ciclo de Palestras “Dinossauros que viveram na nossa terra” no Museu Nacional de História Natural e da Ciência em Lisboa.

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(Fonte: site do Museu Nacional de História Natural e da Ciência)

Dia 26 de Outubro poderá assistir à palestra “Dinossáurios terópodes do Jurássico Superior de Portugal” e aproveite para visitar a exposição temporária Dinossauros que viveram na nossa terra foi concebida para a comemoração dos 15 anos da Sociedade de História Natural e que estará patente até ao dia 18 de Maio de 2017.

 

Para mais informações visite o site do Museu Nacional de História Natural  e da Ciência.

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