E se lhe disséssemos que o simples carregar de um botão de uma aplicação num smartphone faz com que as células implantadas produzam insulina.
O simples carregar de um botão faz com que as células implantadas na costas do rato iniciem a produção de insulina. O rato encontra-se dentro de um aro que fornece energia ao implante. (Shao et al./ Sci Trans. Med, 2017)
Muitos dos doentes diabéticos necessitam muitas vezes de recorrer a injecções de insulina. Um novo dispositivo, testado em ratos, pode ser um dia a solução que permite eliminar a necessidade de utilizar agulhas para administrar insulina.
Um novo estudo publicado no jornal Science Translational Medicine, no final do mês de Abril, reporta que os investigadores chineses usaram uma aplicação para smartphone que permite “ligar” as células implantadas nas costas de uma pequeno grupos ratos. Em menos de 2 horas depois das células serem “ligadas” o nível de açúcar no sangue desses animais estabilizou sem que os tornasse hipoglicemicos.
A versão mais avançada do dispositivo é constituída por uma cápsula de hidrogel implantada por baixo da pele do rato. Dentro da cápsula estão luzes LED e as células foram modificadas geneticamente para produzir e libertar insulina em resposta à luz infravermelha. Quando o nível de açúcar no sangue do rato fica elevado é ligada via avia aplicação do smartphone à luz LED, activando as células que por sua vez libertam insulina.
Esta aplicação permite controlar a intensidade e o tempo que a luz LED terá que estar ligada e com isto controlar também a quantidade de insulina que as células vão produzir. Um transmissor Bluetooth consegue notificar a aplicação do smartphone quando o nível de açúcar está muito elevado e automaticamente activar a produção de de insulina.
Apesar das notícias promissoras o sistema ainda não está disponível para utilização comercial. Versões futuras deste dispositivo HydrogeLED, como foi apelidado pelos autores, poderá possivelmente resolver os problemas de muitos diabéticos.
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